25/03/2020 11:07

Anunciação do Senhor

Hoje celebramos o anúncio da Encarnação do Filho de Deus, no ceio da Virgem Maria. A Anunciação do Senhor é assim chamada porque nela é comemorado o anuncio de um anjo sobre a vinda do Filho de Deus na carne. É também dia de celebrarmos o sim de Nossa Senhora.
Somos convidados a contemplarmos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

“Disse-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela” (Lc 1,35-38).

A Solenidade da Anunciação é celebrada nove meses antes do Natal. Ao analisar a história, pode-se perceber que não foi fácil para Maria. Ela estava comprometida com José e certamente esta decisão de conceber o Filho de Deus trouxe instabilidade. Porém, ela confiou na providência dAquele que a chamou.


No Evangelho de hoje se aprecia o diálogo do mensageiro de Deus com a Virgem. Não foi uma imposição, mas uma proposta à qual Maria poderia ter dito não. Mas, a “bendita entre todas as mulheres” aceitou e realizou-se o milagre da Encarnação do Filho de Deus.
A bem-aventurada Virgem ficou dos três aos quatorze anos de idade no Templo, junto com outras virgens, e fez voto de castidade até que Deus dispusesse de outro modo. José tomou-a como esposa após ter recebido uma revelação divina e após seu ramo ter florescido.


Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de todos nós, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7).